3R Petroleum (RRRP3) Resultado 4T22: vale a pena investir?

A empresa apresentou números operacionais abaixo das nossas estimativas e do consenso do mercado.

A discrepância em relação aos nossos números diz respeito a demora na consolidação dos ativos adquiridos, onde já considerávamos todos os ativos adquiridos ex-Potiguar (anteriormente esperado para 1T2023) em nossas estimativas, sem nenhuma parada na produção – e, naturalmente, não foi o que aconteceu.

Os grandes impactos negativos do trimestre não foram muito distantes dos trimestres anteriores:

I) produção do Polo Macau ainda aquém do seu nível esperado devido a questões pontuais em suas operações,  II) A consolidação dos ativos cujo as aquisições foram concluídas nesse trimestre também impõe uma dor de curto prazo à empresa a medida que os ativos vem com uma estrutura de custos ainda não otimizada e sem o impacto correspondente em receita derivada do aumento de produção e, por último

III) aumento da estrutura corporativa/pessoal da empresa para receber a consolidação de todas as operações. De acordo com a empresa, os custos extraordinários no trimestre somaram R$49 milhões.

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Em nossa leitura, independente da interpretação que o mercado vá ter dos resultados operacionais desse trimestre, as cotações da empresa devem ficar sujeitas ao fluxo de notícias político.

O Ministério de Minas e Energia emitiu um ofício suspendendo a alienação de ativos da Petrobrás. Tal decisão acertou em cheio a tese da 3R Petroleum devido a iminência da aprovação de transferência do seu ativo mais relevante: Polo Potiguar, que representa 42% das reservas 2P da empresa.

Nosso cenário-base em relação ao ativo está relacionada a manutenção do bom senso: achamos que o processo deve ser concluído, ainda que em meio a fortes emoções.

É importante mencionar que a assinatura para aquisição do ativo já foi realizada entre as partes (Janeiro/22) e, inclusive, a Petrobrás já recebeu US$100 milhões pelo ativo, faltando ainda US$1,04 bilhão no ato da conclusão.

E aqui reside o nosso ponto: uma “puxada de tapete” na aquisição do ativo soaria como quebra de contrato, uma decisão que acabaria por respingar em outras esferas do governo, competitividade em leilões diversos, licitações públicas, etc.

Ou seja, uma decisão muito dura tendo em vista a inexpressividade do ativo em relação ao tamanho das reservas e produção da Petrobrás. Como mencionamos em documento recente, a 3R já negocia a um nível de preços que já não considera a incorporação do Polo Potiguar

Sendo assim, como ainda consideramos a não conclusão da aquisição como pouco provável, preferimos no manter do lado dos otimistas e manter a recomendação para empresa inalterada.

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