Após um inicio turbulento de governo, com ainda muitas incertezas, algumas indicações do atual ministro da fazenda e da ministra do planejamento, sendo mais favoráveis a um equilíbrio dos gastos públicos, fez com que o mercado reagisse positivamente, o que gerou ganhos interessantes nesse período.
Desta forma, os retornos dos ativos foram positivos, com destaque para o índice IFRM, que representa os títulos pré fixados, com alta de 2,19%. Outro destaque vai para o índice das debentures incentivadas indexadas ao IPCA, o IDA-IPCA, que fechou com alta de 1,24%.
Olhando para a inflação, o IPCA avançou mais que o esperado em dezembro, 0,62%. Esse resultado veio bem acima das expectativas do mercado (mediana de 0,45% e teto de 0,61%, Broadcast). Com esse resultado, o IPCA fechou 2022 em 5,79%.
Já a atividade econômica continua dando sinais de arrefecimento, com o IBC-Br, proxy da atividade mensurada pelo Banco Central, tendo queda de 0,55% ante o mês anterior.
Apesar da resiliência da economia, com demanda ainda aquecida, o aumento generalizado da inadimplência é uma sinalização que merece atenção. Essa deterioração deve se agravar ao longo de 2023, refletindo os efeitos da política monetária contracionista e as incertezas em torno da política econômica do próximo governo.
Algumas indicações por parte do novo ministro da fazenda e da ministra do planejamento, indicando algum cuidado com a questão fiscal, somado ao movimento de queda das treasuries nos EUA, ocasionaram uma grande valorização do real frente ao dólar, e uma queda considerável nas taxas de juros tanto nominais quanto reais.
Nisto, tanto a curva pre-fixada, representada pelos derivativos de DI futuro, tanto a curva de juros reais, representadas pelas NTNBs tiveram queda em todos os vértices, no caso dos DI’s, nos vencimentos mais longos, e das NTNbs nos mais curtos e intermediários.
Portanto, como destaques positivos ficam os investimentos em títulos nos pré fixados, representados pelo IFRM (+2,2%) e nos títulos de debêntures indexadas ao IPCA, o IDA-IPCA com (+1,24%) de alta.
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