Ações 2023:  o que esperar para o próximo ano?

O ano de 2023 trará muitas incertezas, tanto para o cenário doméstico como para o internacional.  Para o próximo ano, o mercado irá acompanhar de perto o desempenho da economia global e, no Brasil, o futuro do orçamento e possíveis desequilíbrios nas contas públicas.

Entretanto, vale ressaltar que  independentemente do cenário, sempre poderá existir oportunidades de alocação em renda variável.

Para o investidor com disponibilidade para alocação em renda variável, recomendamos uma carteira bastante diversificada e com teses mais conservadoras.

Exportadoras, consumo básico, setor elétrico e estatais ligadas a governos estaduais podem proporcionar boas oportunidades.

Ações e setores que gostamos para 2023

Existem algumas temas que podem trazer oportunidade em renda variável:  I) reabertura da economia chinesa, II) alta dos preços do commodities, III) Selic mais alta ao longo de 2023, IV) privatização de estatais ligadas à governos estaduais, V) infraestrutura contratada de R$ 900 bilhões.

Esperamos que a reabertura da China seja benéfico para empresas exportadoras de commodities com mineradoras, siderúrgicas, petroleiras, papel e celulose, agrícolas e frigoríficos.  Dentre esse setores, nossa preferencia se concentra em petroleiras (Prio e 3R) e agrícolas (SLC Agrícola).

Alguns setores se beneficiam de altas taxas de juros, já que suas receitas financeiras aumentam. É o caso das empresas de serviços financeiros, como bancos e seguradoras.  Para 2023 gostamos mais das seguradoras (BB Seguridade/Porto Seguro) do que do setor bancário pelo nível de endividamento da população brasileira, que pode levar a um aumento significativo dos níveis de inadimplência, porém dentro os grandes bancos nossa preferência está em Itaú.

Com juros mais altos, setores como o de construção civil, varejo e small caps tendem a não ter boa performance, contudo, recomendamos algum percentual de exposição em algumas empresas que podem se destacar por sua qualidade ou preços extremamente atrativos. Gostamos de Assai e Carrefour que estão bem direcionados para os próximos anos dentro no seu plano de crescimento, setor de atuação e público-alvo.

Apesar de ser um setor mais agressivo gostamos de ter uma exposição ao setor de construção civil com foco nos grupos de baixa renda (Cury e Direcional). O governo eleito em seus mandatos anteriores proporcionou incentivos (Minha Casa, Minha Vida) que foram importantes para o segmento na época.

Com cenário fiscal apertado, os governos brasileiros deverão buscar por alternativas para recomposição de suas receitas. Com a eleição de candidatos com visão liberal, existe uma maior probabilidade de privatizações ocorrem em Minas Gerais (Copasa, Cemig), São Paulo (Sabesp) e Paraná (Copel e Sanepar).

O Brasil tem um crescimento contratado na parte de infraestrutura para os próximos anos, cerca de R$ 900 bilhões em concessões e parcerias público-privados que foram feitas. Assim, acreditamos que empresas que atual com a parte de infraestrutura, logística e agronegócio devem apresentar resultados acima da média em 2023. Gostamos de nomes como o de Weg, Randon, Vamos e Movida, por participarem de maneira direta e indireta com esse processo.

Esperamos um 1° semestre de bastante volatilidade. E para entender melhor nossa análise e conslusões, clique em "saiba mais" e leia o relatório completo!