A Vale apresentou o resultado do 4T22. Os números vieram com algumas dinâmicas piores e outras melhores que o esperado, com a receita total e o EBITDA ficando próximos das nossas estimativas.
Com o 4T22 se consolidando como um trimestre de leve recuperação de margens tanto t/t quanto a/a, acreditamos que a recuperação foi influenciada pela reabertura chinesa e toda a expectativa de consumo atrelado ao final da política de Covid-zero.
O destaque do trimestre foi uma aceleração no preço realizado, que mesmo vindo ainda abaixo da estimativas da Genial, acertamos na tendência de alta.
VEJA O RELATÓRIO COMPLETO COM PREÇO-ALVO E RECOMENDAÇÕES PARA AS AÇÕES DA VALE (VALE3)
Em nossa avaliação, a tendência de aceleração nos preços realizados de minérios finos para US$95,6/t (+3,2% t/t) ocorreu devido ao mecanismo de provisão de preços futuros.
Exploramos de maneira exaustiva essa dinâmica, bem como a nossa opinião sobre o que vai acontecer ao longo de 2023 com os preços do minério de ferro em nossa prévia setorial.
Apesar de positivo, o efeito dos preços provisionados no minério fino ainda veio abaixo das nossas expectativas. Estimamos que o preço realizado para Minérios Finos CFR/FOB chegaria em ~US$100/t no 4T22, mas ficou em US$95,6/t (-4,4% Est. Genial), o que para nós, é decepcionante.
Ainda assim, mesmo o preço de minérios finos vindo aquém do que esperávamos, a receita foi parcialmente compensada por dinâmicas melhores que as projetadas para as pelotas e na unidade de metais básicos com o níquel.
Novamente, o 4T22 contou com efeitos não recorrentes. Dessa vez foi o reconhecimento de imposto de renda diferido de subsidiária no exterior, que acabou ajudando o lucro líquido a vir acima do esperado, por nós e pelo consenso.
Novamente, o 4T22 contou com efeitos não recorrentes. Dessa vez foi o reconhecimento de imposto de renda diferido de subsidiária no exterior, que acabou ajudando o lucro líquido a vir acima do esperado, por nós e pelo consenso.